segunda-feira, 10 de novembro de 2014

"O conto da Ilha desconhecida (José Saramago)"

“O conto da Ilha desconhecida”
- Sobre o autor.
    O autor do livro é o famoso José de Sousa Saramago, nasceu em 16 de novembro de 1922, em Azinhaga, Portugal e faleceu no dia 18 de junho de 2010 em Tías, Portugal, casou-se com a espanhola Pilar del Río e tem uma filha que se chama Violante dos Reis Saramago.
     José Saramago foi um escritor, argumentista, teatrólogo, ensaísta, jornalista, dramaturgo, contista, romancista e poeta português, sua religião era Ateu, suas obres de destaque foram Memorial do Convento, O evangelho segundo Jesus Cristo e Ensaio sobre a cegueira. Ganhou vários prêmios, entre eles: Prêmio Internacional Literário Mondello (Palermo) em 1992 (Conjunto da Obra). Prêmio Literário Brancatti (Zafferana/Sicília) em 1992 (Conjunto da obra), Prêmio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores (APE) em  1993, Prêmio Consagração SPA (Sociedade Portuguesa de Autores) em 1995 e Prêmio Nobel da Literatura em 1998.
- Sobre a obra.
      O conto da Ilha desconhecida é um livro publicado em 1997 por José de Sousa Saramago, é uma história de poucas páginas, 35 páginas, no qual o autor apresenta metaforicamente o mundo, referindo aspectos do ser humano, suas ambições e suas frustações.
      Suas outras obras publicadas foram: História do cerco de Lisboa, A jangada de pedra, O ano da morte de Ricardo Reis, Todos os nomes, As pequenas memórias, A viagem do elefante, As intermitências da morte, Memorial do convento, A caverna, Ensaio sobre a Lucidez, Manual de pintura e caligrafia, O evangelho segundo Jesus Cristo, Terra do Pecado, Ensaio sobre a cegueira, Caim, O homem duplicado, A bagagem do viajante, Viagem a Portugal e Deste mundo e do outro.
- Crítica social da obra.
      A obra apresenta crítica à burocracia, logo no início do seu texto. A obra trás a história falando de um homem, que depois de insistir muito, consegue do rei uma embarcação para procurar uma ilha, que segundo ele, ainda não tinha sido descoberta por viajantes e geógrafos.
     "O homem nem sonha que, não tendo ainda sequer começado a recrutar os tripulantes, já leva atrás de si a futura encarregada das baldeações e outros asseios, também é deste modo que o destino costuma comportar-se conosco, já está mesmo atrás de nós, já estendeu a mão para tocar-nos o ombro, e nós ainda vamos a murmurar, Acabou-se, não há mais que ver, é tudo igual."
       Esse é um pequeno trecho que representa a obra geral do livro, que no geral fala sobre o homem que encontra uma ilha depois de insistir muito.
-Contexto Histórico (Portugal-anos 90).
        Após vencer toda a burocracia, o homem conseguiu convencer o rei para dar um barco para encontrar uma ilha desconhecida. Quando saiu do castelo do rei, foi acompanhado com uma mulher que era responsável pela limpeza do castelo.
        Porém seu grande sonho era conhecer uma ilha que os geógrafos ainda não encontraram, mesmo assim correndo risco foi embarcado para a procura dessa ilha que nem ele mesmo conhecia. Ninguém queria ir com o homem para essa embarcação que parece impossível, porém a mulher da limpeza foi a única que aceitou, os dois então embarcaram para a procura da ilha desconhecida.
-Conclusão (importância da obra para a humanidade).
       Mesmo com o livro pequeno em poucas paginas da obra, Saramago construiu um conto inspirador e repleto de reflexões, os personagens são simples com pensamentos relevante que contrariavam as posições sociais: ele: o homem do barco, ela: a mulher da limpeza.
       A história apresenta temas relevantes assim como a hierarquia, a burocracia, o egoísmo, falta de interesse de buscar o desconhecido e a capacidade humana de acreditar em resposta rápida e pronta sem questionar.
      A obra trás para o público a questão do autoconhecimento, a ilha foi uma metáfora utilizada por Saramago, que a intenção seria o homem do barco aprender mais sobre ele, aqui está um pequeno pedaço do trecho que representa essa parte: “(..).mas quero encontrar a ilha desconhecida, quero saber quem sou eu quando nela estiver”.
      A intenção do personagem na obra era estar longe dos locais conhecidos e das pessoas de convivências, de construir uma nova identidade e aprimorar experiências.
      O conto assemelha na vida real, porque estamos sempre confusos quanto ao dizemos e quanto ao pensamos. Para concluir o que realmente a obra trás para humanidade é exatamente a questão de acreditar no impossível se tornar possível, de ter conhecimento na vida, devemos sempre acreditar em nós mesmo, valorizar sempre quem realmente está junto com a gente, seguir sempre os seus sonhos de acreditar que um dia os seus próprios conhecimentos se tornam importantes para humanidade porque seria um aprendizado na vida, enfim.

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